Já se sente o cheirinho a Carnaval.....
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Pois........
TOMAR – PSD refere-se a Luís Ferreira como «um novo presidente da Câmara». Bruno Graça não irá permitir «interferências»
«Parece que a Câmara de Tomar tem
um novo presidente». A afirmação pertence a João Tenreiro, vereador do
Partido Social Democrata, e surge na análise ao despacho de delegação de
competências da autoria da presidente Anabela Freitas tendo em vista o
seu gabinete de apoio.
João Tenreiro acusa a autarca de atribuir funções aos
assessores que visam fiscalizar o trabalho dos vereadores, especialmente
no caso de Bruno Graça, da CDU, sublinhando que o despacho
«desrespeita» a hierarquia: «Parece que temos um novo presidente de
Câmara em Tomar. Pelo esvaziamento que a senhora fez nas suas
competências e na transferência que faz para o seu chefe de gabinete...
Parece que no futuro quase que podermos ter o actual chefe de gabinete a
liderar as reuniões de Câmara, respondendo às propostas apresentadas e
aos requerimentos. A delegação de funções que a senhora faz neste mesmo
despacho ao senhor chefe de gabinete, ao senhor secretário-adjunto dos
vereadores e ao senhor adjunto, parece que há alguma remodelação dos
pelouros atribuídos. Falo no pelouro da CDU, precisamente na saúde e nos
mercados... Parece-me que se está a ultrajar o que é uma hierarquia e a
desrespeitar quem tem as funções delegadas. Este seu despacho dá a
entender que está a ser criada uma fiscalização aos seus vereadores. Eu,
se fosse vereador com competências delegadas, nunca permitiria um
despacho neste sentido. Nunca». Anabela Freitas não tardou nas
explicações e garantiu que o gabinete de apoio será uma via para que os
assuntos cheguem à vereação com toda a informação possível. A presidente
da Câmara de Tomar assegurou que a última palavra irá pertencer sempre
aos eleitos: «Acredito que isto pareça estranho porque, efectivamente,
ao longo dos anos, na Câmara, nunca houve sub-delegação de competências
naquilo que são os membros do Gabinete. Aquilo que o despacho que saiu
foi baseado nos despachos das Câmaras de Coimbra, Santarém e no Cartaxo.
Aconselho-os a ler esses despachos e ver o quão mais longe essas
autarquias foram. Assumo que o despacho é da minha única e exclusiva
responsabilidade. Entendo que o gabinete deve funcionar como um sector
de assessoria para cima... a tomada de decisão será sempre da presidente
e dos vereadores, mas os assuntos, quando nos chegam, devem estar
sempre enquadrados. E podemos até nem levar em conta a proposta que nos
chega». A declaração de Bruno Graça agitou as hostes. O vereador da
Coligação Democrática Unitária clarificou que nada teve a ver com as
nomeações recentemente efectuadas, precisamente de Luís Ferreira, Hugo
Costa e António Graça, não deixando dúvidas de que não irá permitir
interferências nas áreas à sua responsabilidade: «A CDU dispensa
advogados de defesa, particularmente de PSD ou de partidos da Direita. A
CDU e o seu vereador querem clarificar que, respeitando as normais
legais, não tiveram, nem tinham que ter, qualquer intervenção na
nomeação do senhor chefe de gabinete de apoio à presidência, do senhor
adjunto e do senhor secretário do gabinete de apoio à vereação. Quero,
ainda, deixar registado que dispensamos o acompanhamento do senhor
secretário do gabinete de apoio à vereação nas áreas da responsabilidade
do vereador da CDU, conforme, em devido, foi comunicado à senhora
presidente da Câmara. Também não estamos disponíveis para permitir a
interferência, seja de que tipo for, do chefe de gabinete de apoio à
presidência no âmbito do despacho». Pedro Marques, vereador dos
Independentes, gostou de ouvir Bruno Graça e sublinhou isso mesmo,
atribuindo às palavras do eleito da CDU um teor que ele próprio diz
partilhar: «Não esperava que o vereador Bruno Graça tivesse outra
posição em relação ao despacho. E a nossa posição não seria diferente. E
porque é que a posição dele é esta? Porque ele entendeu, tal como eu,
que politicamente é algo que não se adequa ao normal funcionamento de
uma autarquia face a eleitos que deram a cara para ser eleitos nestes
lugares. Não é aceitável que alguém substitua os vereadores no exercício
de funções».
In: http://www.radiohertz.pt/?pagina=noticias&id=14415
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